Cidade Aberta歌词由Fernando Cavallieri演唱,出自专辑《Modernidade Líquida》,下面是《Cidade Aberta》完整版歌词!
Cidade Aberta歌词完整版
11 - CIDADE ABERTA (Fernando Cavallieri & Léo Nogueira) CD MODERNIDADE LÍQUIDA
Lá, onde o preconceito faz quermesse,
onde a felicidade é uma oração...
Lá, onde, em se plantando, nada cresce,
ali plantei, também, meu coração.
Um reino existe ali, desencantado,
envolto em névoas e poluição.
Pra lá eu sempre volto aniquilado
na hora em que me arrancam do avião.
A chuva mata mais do que chacina.
As árvores desabam nas esquinas...
O céu é um manto negro de carvão.
Barulho e caos nos servem de calmante.
Os suicidas sentam-se ao volante...
O celular engana a solidão.
A juventude, atrás da tatuagem,
vai maquiando sua frustração.
O mar, ali, não passa de miragem...
E os cães morrem de raiva ou depressão.
Cidade de infeliz geografia
onde infelizes comem macarrão,
obesos e brindando à hipocrisia
que apelidaram civilização.
Cidade aberta a todos, noite e dia.
Explodem vidas na periferia...
E o sangue escorre, inútil, pelo chão...
São Paulo é meu futuro do passado
com quem eu faço amor, sem ser amado.
Ali plantei, também, meu coração...
Baixo – Marcus Torrada
Guitarras – Renê de França
Percussão (Escola de Samba) – Bebê do Góes
Violão & Voz – Fernando Cavallieri