Sonho歌词由Comodoro Amigo演唱,出自专辑《Atari Hanzo》,下面是《Sonho》完整版歌词!
Sonho歌词完整版
Fecho os olhos e tudo começa.
No início tenho dificuldade em adormecer. Tenho que me distrair da imensidão do escuro…
Pensar em tudo menos em carneiros. Talvez em bruxas, talvez em feiticeiros.
Começam os filmes na minha cabeça. Faço enxertos de oliveiras com zambujeiros…
Faço enxertos com o teu cheiro de mulher e o meu corpo impuro…
Penso nela. Naquela que vi hoje na baixa. Acho que já a vi antes… Reconheço aqueles sinais nos braços. E eu que nem gostava muito de sinais...
Mas as marcas têm mais a ver com o caminho acidentado e sinuoso que percorro,
Entre este e aquele morro. Entre chuvas e vendavais. Vou enterrando o meu tesouro…
Ah, já durmo. Já entrei no meu mundo! Vil, profundo, imundo! Em que cada momento, são mil. Em que se vivem horas num segundo.
Na verdade, não sei já durmo realmente, tenho dificuldade em perceber a diferença entre a realidade e o sonho… Já sou abafado por um cenário medonho, mas ainda tenho a noção de que não é verdade. De forma ingénua ainda acho que controlo sobre a minha mente!
Agora sim, estou na minha dimensão mais profunda! Num mundo com lógica, mas sem regras. Onde tudo posso! Onde a cor abunda!
Subo as escadas e atiro-me do terraço. Vejam, vejam! Posso voar!! Vejo a baía, Vejo as muralhas. Voo como a cotovia. Estou imune a todos os canalhas. Não há um que me diga o que não posso fazer! Que não sou capaz! Que nasci para perder!
Chamam-lhe fantasia, mas se o meu cérebro reproduz é porque teve que o reter.
Este mundo é a minha realidade mais pura! Lá por ser sonho não quer dizer que não seja real. É aqui que faço a minha ruptura. É aqui nesta espiral. É aqui que se despejam todos os esgotos do que a minha mente absorve, mas que sufocada não vive. Se castra, viúva madrasta que educa a minha cobardia social. É aqui que a minha doença tem cura…
Aqui as minhas mentiras têm voz. Libertam-se da cela atroz que são as minhas convenções e preconceitos.
Chamam-lhe valores. Mas que a mim só me colocam à mercê de todos os agiotas e seus cobradores. Aqui não tenho como as manter encarceradas. Confrontam-me e vivo-as apuradas, com efeitos . Especiais, de todas as cores.
Aqui destilo essas farsas envenenadas, para me libertar de todos os penhores.